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Mostrando postagens de 2024

Reciprocidade desiliquibrada

  É possível que a paixão, uma patologia inconsciente, nos gere uma miopia sobre a doação de cada um lados de uma relação. Seja ela sobre amizade, trabalho, afetividade, conjugal, ou todas as outras variações não rotuladas, mas que permeiam um desiquilíbrio velado. Classificar uma relação como saudável, feliz, equilibrada é sempre sobre haver tempo e esforços dedicados e percebidos, com amor. Quando pensamos em reciprocidade, por tantas vezes caímos na ilusão sobre uma falsa sensação de 50% de dedicação lidando com duas partes envolvidas. Compreender que o repertório sobre relacionamento, sobre o ato de se relacionar de cada um é envolto por histórias que se diferem em conceitos, palavras, atitudes, torna um pouco mais branda a ansiedade de que o outro tem pra entregar a intensidade que você está se doando. Isso acontece comigo, há anos, e constantemente troco experiências com amigos e amigas, adultos, que se esforçam para comunicar ao outro que se sentem muito mais doares do que r...

Potencialidade do sentir

  Decidir.  O momento mais importante da comunicação com o UNIVERSO sobre o que nos faz bem é a firmeza sobre a construção do caminho. E ele não existe, na verdade. Ele se forma.  As peças externas se juntam para tangibilizar o que já nasceu por dentro. E assim foi.  Poderia ser só mais um terceiro encontro. Haveria possibilidades de uma conexão esfriada.  De longe, existiu um aperto sobre "o que ainda existe aqui"? De perto, ao fundo, era sobre um amor admirável, afetivo, cúmplice e que até se deu ao luxo de vulnerabilizar-se.  A distância se anulou, as diferenças se apagaram, a ansiedade deu lugar ao alívio. Pulsante, o respirar foi intenso, as sensações inéditas e a vivência, memorável. As mãos cruzadas, os cliques com brilho. O cafuné no braço, o cochilo, a netflix. Meus nãos caíram por terra. Os olhos marejaram em temas profundos, os planos não se cessaram e sonhos lúcidos não se intimidaram. A mesma coca cola, os mesmos personagens. O tempo ganhou cré...

Checks IMPORTANTES sobre amor e amar, pessoais e intranferíveis.

Qual a importância de levantarmos os "checks" que buscamos investir em vivenciar nessa vida? CLAREZA! Sem dúvida, minha primeira resposta é sobre usufruir do tempo com riqueza de companhia, de investimento de amor e energia. E eles não são inegociáveis. São completamente flexíveis porque sei e sinto o quão imperfeitos somos como humanos e como estamos aqui para aprimorar. Contudo, é IMPORTANTE demais saber o que nos faz bem, de verdade, no fundo, que toca o coração e nos faz rir sozinhos só de lembrar, o quão fazemos bem e o quanto outros nos fazem bem, SEM ILUDIR, sem objetificar. Ao listar algumas prioridades que me fazem sorrir com a ALMA, que me completam no que sou, que me inebriam com a simplicidade e genuinidade que entregam, a FELICIDADE e PAZ sempre se mostram como objetivo de vida, ser e fazer feliz o outro. Os encaixes das entregas, quando sentidos mutuamente são razão de relações sustentáveis, belas e leves. É como uma AMIZADE que deu MEGA CERTO, independente das ...

Inventário de Existência

 Dos 0 ao 7 anos Nessa fase de formação de personalidade já me demonstrava inquieta, feliz e agitada. Lembro que aos 7 anos eu já buscava ganhar o concurso de halloween e ganhei com um movimento coletivo engajado. Vendi doces, arrecadei dinheiro e no 1º ano do ensino fundamental eu tinha o meu 1º lugar em algum evento social. Convivi com os extremos financeiros e de realidades sócio-econômicas, desde as casas de geladeiras vazias até as 4 suítes do sobrado da esquina com piscina e carro do ano. E os extremos não me incomodavam, via direito para todos e colheitas justas. Brincava e competia durante as brincadeiras. Dos 4 aos 6 eu também lutava para conseguir ser a noiva da quadrilha na festa junina, seja para dançar com o menino mais lindo, loiro dos olhos azuis e dente quebrado, seja para mostrar para a filha da dona da escola que eu conseguiria e a hierarquia não era algo tão admirado por mim. Nasci em Ribeirão Preto mas aos 2 anos minha vida itinerante já começava a ter como refe...