Pular para o conteúdo principal

Postagens

2020, o ano que existiu.

  Impossível ignorar as tantas conquistas e positividades que um ano tão negativo nos proporcionou. Será que aí também não houve ganhos? Comecemos pela oportunidade dos 365 dias vividos. Superada essa fase do jogo, entramos numa próxima, sempre com obstáculos maiores, com a grande diferença de estarmos mais preparados, mais treinados e mais vividos. 2020 foi o ano que existiu. O ano que marcou pelas perdas e reinvenções do que é viver. Foi um tempo de extrema valorização da vida, já que nunca se pensou tanto na morte como nesses últimos 10 meses.  Para mim, só posso somar. . 2020 foi o ano que decidi romper com uma sociedade e criar minha própria empresa. . Com fé e coragem, acreditei no que sei, no que construi, no dom e amparo divino para continuar minha trajetória profissional de um modo solo. . 2020 foi um tempo de muito investimento de horas em busca de um canto para me instalar, e quando me encontrei, passei 1 único dia no local, que logo se transformou em minha casa e p...

Se correr ou se ficar, o bicho pode te pegar!

Parece, sinto, que a praga chegou por aqui. A sexta pareceu uma noite diferente, mas algo se manifestava aqui junto a mim, talvez um inimigo chamado COVID19. Dores musculares, que pareciam pontuais, dor de cabeça, que tenho desde a infância e de anos em anos, voltam. E adormeci por mais de cinco horas no período da tarde, atitude que não tenho há mais de 20 anos. Meu estado febril não passou de 37,5, que não é considerado febre AINDA. No sábado parecia viver reflexos de um retorno à dança na quinta, mas como se um trator pesadíssimo tivesse passado por mim. Dores do fio de cabelo ao dedo do pé, resisti aos analgésicos e segui na fé de que ia passar. Passou um pouco, me distraí almoçando fora, fiz trâmites de cartório, convivi e abracei, comemorei numa festinha de 5 anos. Vivi o sábado e comecei a refletir sobre passado e futuro. Uma luz se acendeu à noite aqui na cachola. No domingo senti que captava o leve cheiro do pó de café, mas nenhum sabor ao colocar o líquido na boca. Então a do...

A tormenta é única, mas cada um no seu barco

De verdade, já deu. Já deu pra várias pessoas, comandantes de vários barcos diferentes, fingindo normalidade nesse isolamento que não tem fim, num afastamento que não tem culpados, mas tem sentidos. Era pra ser um vírus, virou uma guerra biológica contra seres vivos invisíveis, minusculamente mais poderosos do que a capacidade humana de controlá-los - viral, corona. Houve o romantismo da fase de olhar pra dentro, entender o "não-acaso" de uma pandemia, da alastrada doença mundial, o despertar de uma consciência de higiene coletiva, saúde, solidariedade, inclusão, humanização, mas sobre tudo isso já deu. Deu nosso limite do "aguentar com serenidade", de falar em empatia, tendo cada barco suas dificuldades e particulares para navegar, uma disparidade de conforto, comida, trabalho, renda, amor, companhias e amizades, tecnologia, saneamento básico Brasil. Pirei já no segundo mês, quando enclausurada nesse meu mundinho confortável, vida interiorana de SP que esco...

Entre tocas e circos

Eis que estão todos em tocas, toca de coruja, de tatu, cabanas próprias ou compartilhadas, nichos. Imbuídos num mesmo sistema que rege, o do capital. Ligados aos mesmos pontos que ensinam a linearidade cristã Nascer, crescer, reproduzir e morrer. E aí questiona-se: a graça de td isso? A beleza, encanto ou sentido da vida? Estaria nas cores, gestos, toques, sorrisos e abraços? No beijo, nos filhos, no verde, prédios e mares? Nas ruas ou nas tocas? Nas cifras ou relatórios com certeza não. A grande graça parte dos olhos de quem quem vê. Mesmo assim resiste-se em aceitar que o que lançamos, volta. E que a felicidade é um estado de espirito e não um fim. Passivos espera-se na plateia, que os espetáculos da vida os entretenha. Enfeitam as tocas e nichos de corujas se formam. E qual seu papel nesse show? Está no elenco? O pão é ofertado, o circo montado, a alma vendida e a sensação é de "para onde eu vou"? Sair da toca é o que dói, entorpece, trava, desconcerta...

Na Era do Mimimi...

Poderia ser uma geração, mas é uma era toda! Um comportamento que abraça todas as idades, credos e classes sociais A causa do MIMIMI? O acesso à informação, que faz com que o conhecimento raso se torne grande A opinião que se aguça, os sentimentos se afloram, e o que "pode e não pode" se intensifica O mais irritante hoje é a cautela constante na comunicação interpessoal Não trata-se da vida corporativa. É a vida como ela é... em casa, na festa, no celular,  no trabalho, aff... cansa! Especialmente porque o MIMIMI existe no seu meio de convívio, não "por aí". Falar, escrever, susurrar, mandar sinal de luz, fumaça, piscar, sorrir, chorar, perguntar, responder Tudo pode ser muito sensível, dói, eterniza, desfaz amizades, destrói castelos, se torna para sempre. O clássico MIMIMI é esse do cotidiano: se não me ligou, então não queria falar comigo Se não recebi o invite na rede social, não fui convidado para a festa Se não me copiou no e-mail, não quer que c...

A vida até aqui...10 anos de história!

Três segundos inusitados Duas pessoas, um destino, uma escola de inglês Um estudante e uma secretária Dia 8 de abril ela começou um trabalho bacana numa escola bacana de pessoas bacanas Lá interior, Bauru, cenário de tudo Era outono de 2003, ela nos cursinhos e vestibulares E ele já no rumo, UNESP, fim da Engenharia Civil. Nele, ela viu um rostinho bonito, um menino família, contador de histórias e muito inteligente Se entusiasmou pela recomendação de não se entusiasmar E naquela mesma noite, numa festa da USP, o romance começou Ele com 25, ela aos 20, ariana, sonhadora, sem querer mas já se apaixonando Poderia estar cheia de planos para uma juventude prolongada, festas, facul, vida louca, mas não O escolheu...ou foi escolhida, ninguém sabe definir isso ao certo, mas foi assim. Capítulo 1 - O namoro Durou pouco mais de um ano, suficiente para conhecer, se envolver, sorrir e chorar juntos e separados Vida de motociclista, pouco planejamento, viagens ali por perto Vida simples, salár...

A arte da vida é viver, e nessa estrada sigo, celebrando, plantando e colhendo.

Entra assunto, sai assunto e a vontade de expressão me instiga e me cala O tempo é sempre o vilão, as 24 horas que me dispõem jamais cobrem tudo que desejo realizar. Pois bem, já foram as eleições para o líder dessa cidade, Isis já engessou o braço Um dos maiores sentimento de culpa, nata de mãe, me invadiu Já sorri e chorei, tantas idas e vindas no mundo cinza O Santo da novela se foi, um amigo de infância também subiu para um outro plano Mesmo sem vínculos, um vazio me veio e abalou Me empolguei e desanimei em segundos, com ônus e bônus a cada mudança nos traz Cuido de tudo, gosto de quase todos, integro, interajo E falta atenção, à mim E como num piscar de olhos, seja estética ou saúde, uma luz surgiu Abri mão de um almoço tranquilo, diário. Pra quê? E para completar a correria do meu dia, mais um plano anual comprometido Uma nova fase recomeça, em busca da auto estima, estima-se Atureis caras feias, simpatizse com outras mais belas E aí surgem uns, somem outros, ...