E mesmo diante dos medos e incertezas, mas com a convicção de que a formação de uma família é algo pra toda a vida que supera os obstáculos mundanos, a segundinha apareceu. Gravidez de segunda viagem realmente se provou por A mais B que é mais simples, fácil, sem frescuras, traumas ou neuroses que dificultam este momento tão mágico e especial que é a geração da vida.
Claro que tal estágio de sobriedade e entendimento só foi possível após a espera de quase 9 meses pela minha primeirinha ISIS, em 2012, cuja gestação me provocou algumas náuseas e azias, uma "gorfada fenomenal e inesquecível" no Shopping Iguatemi de Alphaville, e me estimulou a muita leitura e pesquisa sobre o que fazer, o que não comer, cuidados com pele, corpo, mente, trabalho, carreira, temas físicos e psíquicos que me encheram a cabeça antes e pós-parto.
Fui parar por um ano na terapia, tentando me entender, compreender o momento, o marido e os outros. Pedi pro mundo parar para eu descer, dramatizei horrores com os choros, sono, pouco tempo pra mim e a vida "mamística" que se iniciava. Mas literalmente, tudo passa! Ainda bem.
Uma coisa posso garantir: a segunda é muito mais light. Sensações já esperadas, reações previsíveis, mudança de humor mais controlada, hormônios com mais afinidade ao meu EU e uma mulher mais equilibrada nasceu nessa gestação da LAÍS que chega até 3 de setembro, se Deus quiser. Óbvio que a produção de hormônios mexe com a gente, são dois corações, quatro pulmões e uma falta de ar que se intensifica nesses 7 meses de pança gerando uma vidinha. Mas a alegria e satisfação de ser uma provedora de vida realmente não tem preço.
A fase de não ter posições pra dormir chegou. Voltei pra hidro, capricho nas refeições, me dedico aos verdes mesmo não encontrando sabor, e não me preocupo com o fato de pensar antes nas piticas do que em mim, por no final das contas realmente essa é a minha fase e é isso que importa.
E como tomar a decisão para ter o segundo filho? Não há resposta. São raras são as histórias que se ouve sobre a decisão do casal de realmente engravidar, ou melhor, pela segunda vez. Nesse mundinho capitalista, em que priorizamos ter, construir, conquistar, adquirir e crescer, poucos são os momentos em que a parte financeira gera o conforto suficiente que com a segurança para ampliar a família. De uma maneira consciente e clara é complicada a convicção de que o momento é adequado, a situação é favorável, o cenário e o momento são perfeitos. Mesmo assim, o caminho que escolhi foi deixar nas mãos de Deus. Refleti sobre uma vida sem irmãos, uma adolescência sem companhia em casa e uma fase adulta sem a mesa cheia de domingo... triste. Então, o desejo de ampliar a prole vem à tona.
Parei com remedinhos que impedem a fecundação e deixei que a lei da natureza atuasse com fé. E como a concepção é uma consequência comum, assim foi e assim veio. Logo menos, uma nova vidinha estará em meus braços para eu cuidar, zelar, educar, ensinar e viver longas décadas juntos, compartilhando a vida. Quer coisa mais mágica que essa!?
Coragem, anime-se e valorize o que realmente é pra sempre!
Feliz família a todas!
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