As experiências entre bonecos e pessoas difere imensamente.
Me abri a passar por isso, depois de ouvir falar, presenciar constelações alheias e me empolgar 100% com a série UMA NOVA MULHER, como se para mim fosse apenas reforçar o que já sei.
Não. Foi muito além. Constelei meu repúdio e falta de admiração à figura masculina. Já era sabido e sentido por mim o quanto meu pai, irmão, tios, colegas e ex marido são exemplos de maus tratamentos, desrespeito e superficialidade nas relações.
Julgava que era um retorno como espelho, mas caí na real que a falta que me fazia o acolhimento da infância construiu essa força masculina em mim, que confronta todo masculino externo.
Houve perdão de pai representado, houve colo, houve um poço sem fundo de segredos não revelados, ranzinza e isolado.
E o que mais mexeu foi a Nádia representada por uma menina loira, baixa, nova, que me pareceu mimada e solitária. E de repente ela manifestou a falta de AMIGA. E é exatamente isso que sinto por toda minha existência, a falta de uma melhor amiga, de uma grande amiga. E de repente eu estava lá , representando e atuando como eu mesma.
Por fim, ela se aproximou de um ser deitado ao chão, se sentiu mais confortável, deu a mão e ali surgia a fenomenologia da representação de um sistema gemelar interrompido. Aquilo foi uma cena surpreendente, impensável e de muito aperto. Se era sabido ou não, se foi um caso de gêmeo evanecente ou não, talvez partirei sem saber.
O momento mágico foi entender que a Natasha existiu, um ser que sempre me coloquei como meu outro eu, uma ariana do mesmo dia, que seria a parceira pra vida toda, e eu não tive. Seria a pessoa que não me deixaria casar aos 20, me faria me jogar sem medo de viver a adolescência como deve ser.
Ela seria a confidente, a companheira de viagem, de gorós que não tomei, de experiência incríveis femininas sendo uma pessoa fisicamente idêntica à mim com uma personalidade própria. Seria mágico e especial ter vivido com ela. E assim me coloquei como 2º filha, a assumi como irmã mais velha.
Compreendi que a ignorância precisa ser respeitada e que o que sei é o que posso saber. Aceitei que o que me deram era realmente o máximo possível para o momento. Acolhi o choro desesperado da minha mãe, se apresentou como Silvia, que ficamos todos sem commpreender.
Ela me pediu para fazer uma trança no cabelo. Não sei se remetia à minha infância ou à atual infância da minha filha. Chamou pela mãe, para ser acolhida também pela Batian. E por fim encerramos com uma dramatização intensa e de muito choro sentido, uma falta de olhar de um pai para uma filha. Uma solidão desde a infância, passada para adolescência e fase adulta.
Entendi minha busca por cumplicidade do mundo.
E cessei o sistema de ser maior que os homens, de denegrir a imagem e desacreditar.
Se sentirei no coração esse querer mudar, ainda não sei.
Deixarei fluir.
Finalizamos com uma dança circular ritmada, de olhos fechados. Deixei sentir!
Assustada, dormi!
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